Atenção: A publicação a seguir não me pertence, ela é autoria do blog da editora Universo dos Livros, link (aqui).
Já diria Camões que: “Amor é um fogo que arde sem se ver;/ É ferida que dói, e não se sente;/ É um contentamento descontente;/ É dor que desatina sem doer”. Portanto, nada melhor do que dar dicas às pessoas de como conviver com este sujeito complicado, o leitor. Ao se permitir namorar com alguém assim, precisa-se ter em mente que é preciso se adaptar a muitas coisas.
Então aí vai uma lista de dicas, que pode ser levada a sério ou não, de como sobreviver a um namoro com um leitor:
1. Não interrompa quando ele estiver lendo! Nunca! Em hipótese alguma, faça isso. Se morrer alguém da família, interrompê-lo não fará com que a pessoa ressuscite, lembre-se disso;
2. Se ele disser que o livro é melhor que o filme, concorde com ele. Mesmo que não seja, você acha que ele vai admitir? Em hipótese alguma. Esta confissão seria uma traição ao movimento. A devoção dele a um livro é pior do que uma religião, entenda isso. Então não, o filme não é melhor;
3. Não tenha ciúme dos livros, eles não são seus concorrentes. Portanto, quando ele disser que em primeiro lugar da vida dele estão os livros, aceite. Você será o segundo, nada tão mal assim. Não há ninguém humano à sua frente;
4. Na hora certa, ele terá a palavra certa. Claro que isso é uma faca de dois gumes, pois este seu namorado leitor poderá tanto evocar palavras de amor, como o protagonista de Memórias de Minhas Putas Tristes, quanto pode saber enviar você para Cem Anos de Solidão;
5. Ele se importa mais com a forma que você trata os livros dele, do que exatamente como o trata. Então já sabe, nada de rasuras, dobrar capa, molhar folha, ou, pior, emprestar o livro dele para alguém – o que equivale ao fim do relacionamento;
6. Quando vocês brigarem, dê um livro de presente a ele. Não será mais preciso palavra alguma (até porque você já está dando um monte delas dentro do livro), ele tomará a obra na mão, derramará uma lágrima e perdoará você – principalmente se for um livro raro. E, claro, essa dica não vale caso seja um livro que ele odeie;
7. Nunca fale mal do escritor preferido dele. Jamais. Algumas pessoas têm gurus, líderes espirituais, artistas preferidos. Leitores têm escritores, postos sobre um patamar intocável. Portanto para sua saúde físicae mental, não fale mal desses escritores. Digo e repito.
E aí, mais alguma dica?
FONTE: Vilto Reis – Homo Literatus em 11 de junho de 2014
Então aí vai uma lista de dicas, que pode ser levada a sério ou não, de como sobreviver a um namoro com um leitor:
1. Não interrompa quando ele estiver lendo! Nunca! Em hipótese alguma, faça isso. Se morrer alguém da família, interrompê-lo não fará com que a pessoa ressuscite, lembre-se disso;
2. Se ele disser que o livro é melhor que o filme, concorde com ele. Mesmo que não seja, você acha que ele vai admitir? Em hipótese alguma. Esta confissão seria uma traição ao movimento. A devoção dele a um livro é pior do que uma religião, entenda isso. Então não, o filme não é melhor;
3. Não tenha ciúme dos livros, eles não são seus concorrentes. Portanto, quando ele disser que em primeiro lugar da vida dele estão os livros, aceite. Você será o segundo, nada tão mal assim. Não há ninguém humano à sua frente;
4. Na hora certa, ele terá a palavra certa. Claro que isso é uma faca de dois gumes, pois este seu namorado leitor poderá tanto evocar palavras de amor, como o protagonista de Memórias de Minhas Putas Tristes, quanto pode saber enviar você para Cem Anos de Solidão;
5. Ele se importa mais com a forma que você trata os livros dele, do que exatamente como o trata. Então já sabe, nada de rasuras, dobrar capa, molhar folha, ou, pior, emprestar o livro dele para alguém – o que equivale ao fim do relacionamento;
6. Quando vocês brigarem, dê um livro de presente a ele. Não será mais preciso palavra alguma (até porque você já está dando um monte delas dentro do livro), ele tomará a obra na mão, derramará uma lágrima e perdoará você – principalmente se for um livro raro. E, claro, essa dica não vale caso seja um livro que ele odeie;
7. Nunca fale mal do escritor preferido dele. Jamais. Algumas pessoas têm gurus, líderes espirituais, artistas preferidos. Leitores têm escritores, postos sobre um patamar intocável. Portanto para sua saúde físicae mental, não fale mal desses escritores. Digo e repito.
E aí, mais alguma dica?
FONTE: Vilto Reis – Homo Literatus em 11 de junho de 2014